Um convite ao pensar

Um convite ao pensar
Filosofando e interagindo contigo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O mito de Eros e Psiquê

Como prometido aí está uma das versões do mito de Eros e Psique.
Boa leitura!!
Aos alunos da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Irecê-Bahia e a todos que gostam de Filosofia e Cultura.
Componente Curricular: Filosofia.



Professor Mácio Machado
Irecê, 22 de maio de 2009




Os gregos costumavam imaginar o seu deus do amor, Eros, na forma de um rapaz com asas, tendo por arma um arco e flechas. Rebatizado pelos romanos como Cupido, manteve-se pequeno ao lonto dos séculos, até que na arte renascentista se tornou num miúdo bochechudo que dificilmente parecia ter força suficiente para vergar o arco e disparar flechas. Na história de Eros e Psique, contado pelo escritor romano Apuleio, o deus toma a forma de um rapazinho, para não ser suficientemente crescido que tivesse de ser independente da mãe Afrodite (Vênus).
Os deuses do Olimpo eram sempre rápidos a punir a arrogância de qualquer mortal que ousasse exigir igualdade a um deus. Os contos de humanos tolos e arrogantes terminam quase sempre mal para eles, mas o mito de Eros e Psique é uma exceção a esta regra, já que a tola princesa teve de suportar penas e sofrimentos antes de finalmente ter um fim feliz.
Talvez a sua história termine bem porque não foi a própria Psique que ousou comparar a sua beleza com a de uma deusa, mas sim os orgulhosos pais, que declararam que a filha mais nova era mais bonita que a deusa do amor, Afrodite. Ainda pior, todas as pessoas da Grécia e das terras à volta começaram a deslocar-se ao palácio de Psique para a adorar, enquanto os templos de Afrodite estavam vazios. Então a deusa pediu ao filho, Eros, para punir a rapariga ferindo seu coração com a sua flecha, de modo que ela se perdesse de amores por um miserável desprezível e tivesse um casamento infeliz. Entretanto, Psique estava triste por as pessoas a tratarem como uma deusa e ninguém ser suficientemente corajoso para a amar como a uma mulher e casar com ela. Ambas as irmãs mais velhas casaram, mas Psique continuava em casa, infeliz e solitária.
À medida que o tempo passava e não aparecia ninguém para cortejar a filha, o rei começou a preocupar-se. Perguntou então ao oráculo de Apolo onde poderia encontrar um marido para sua filha solitária. A resposta do oráculo foi aterradora. Psique devia ser vestida de noiva e levada para o cume de uma montanha. O seu marido não seria um mortal mas um monstro cheio de veneno, uma criatura suficientemente poderosa para lutar mesmo com o maior dos deuses, o próprio Zeus (Júpiter).
Psique e os pais andaram até ao cimo da montanha chorando, como se estivessem indo ao funeral em vez do seu casamento. Todos sabiam que ela estava a ser punida por Afrodite, mas não havia nada que pudessem fazer para acalmar a ofendida deusa. Eles tiveram de afastar-se de Psique enquanto ela aguardava aterrorizada, no cimo da montanha, a chegada do monstro.
Ela tinha o corpo tenso na expectativa de um ataque, mas, em vez disso, uma brisa suave soprou as suas roupas até que seus pés se elevaram, sendo suavemente transportada até o sopé da montanha. Aí viu um palácio maravilhoso, tão magnífico que ela calculou logo que pertencia aos deuses. Todo ele parecia estar vazio, mas ela ouvia vozes agradáveis e sentia mãos invisíveis que iam buscar comida e bebida e tocavam música suave para ela. Não havia quaisquer sinais do monstro e acabou por ir para a cama a pensar onde estaria o marido. A meio da noite foi acordada por alguém – uma pessoa, não um monstro - que subia para a cama. Era o marido, mas ela não conseguiu vê-lo devido à escuridão. Partiu enquanto ainda estava escuro e todas as noites ele voltava à cama no meio da escuridão para voltar a partir antes do dia nascer. Psique começava a sentir-se apaixonada por alguém que nunca tinha visto.



Psique perde o marido


Afrodite e Ares

Uma noite, ele avisou Psique de que as irmãs dela estavam prestes a subir a montanha para a encontrarem viva ou morta. Ele implorou-lhe para ela não lhes dar atenção, mas, quando Psique ouviu as irmãs a chamá-la e a chorar, não pôde deixar de pedir ao vento que as soprasse gentilmente ao palácio. As duas irmãs ficaram cheias de inveja quando viram todas as jóias de Psique e as suas roupas ricas e todos os tesouros do palácio, e no dia seguinte voltaram para descobrir se havia alguma forma de magoarem Psique e de lhe darem cabo do casamento.
- Como é teu marido?, perguntavam elas constantemente e, por fim, Psique teve de admitir que nunsca o tinha visto.
- Ele é um monstro!, exclamaram elas – É por isso que nunca teve coragem para te mostrar a cara. Agora te estás grávida e toda a gente sabe que a comida preferida de um monstro é a mulher grávida. Ele só está à espera que o teu bê be cresça dentro de ti para depois vos comer aos dois. Tens de o matar antes que ele te mate. Utiliza uma lamparina para o veres e corta-lhe a cabeça com uma faca!.
Psique acreditou em tudo o que as irmãs lhes disseram. Encontrou uma lamparina e uma faca e escondeu ambas juntas à cama. Nessa noite, quando o marido adormeceu, ela acendeu a luz e viu-lhe o corpo pela primeira vez. Ao lado dela estava deitado o deus do amor, na forma de um homem, mas mais belo que todos os mortais. Perto dele estava o arco e as flechas, e Psique arranhou numa delas quando se curvou para o beijar. A ferida da flecha assegurou que ela amaria Eros até o fim da sua vida.
Psique estava prestes a beijá-lo quando a lamparina inclinou e uma gota de óleo a arder caiu no ombro de Eros e o acordou. Ele saltou da cama e começou a afastar-se voando, mas Psique conseguiu segurar-se a ele, pelo que a transportou para fora do palácio pela colina. Ela não pôde sergurá-lo por mais tempo e caiu no chão. Eros disse-lhe que ele tinha de voltar para junto da mãe para sarar o ombro queimado. Afrodite ficou furiosa quando soube que, em vez de atormentar Psique, o filho tinha se apaixonado e casado com ela. Se ao menos a tola tivesse sabido guardar silêncio, o filho nasceria como um deus, mas agora ela teria muita sorte em permanecer viva até o bêbe nascer, visto que ele não podia protegê-la contra a raiva de Afrodite. E depois ele partiu voando pela noite.



As Tarefas de Psique



Psique sentia-se tão miserável e com tanto medo de Afrodite que tentou atirar-se a um rio, mas o deus rio reconheceu-a como a noiva de Eros e não a deixou morrer. Depois pediu ajuda a Hera (Juno), a deusa do amor matrimonial e a Deméter (Ceres), que conhecia a dor de perder uma filha, Perséfone, mas nenhuma destas deusas estava disposta a ofender Afrodite ajudando Psique.
Finalmente, Afrodite encontrou Psique e começou logo a puni-la, açoitando-a. Depois decidiu atormentar a pobre rapariga com tarefas que não podiam ser desempenhadas, de modo a ter intermináveis desculpas para voltar a bater-lhe. Primeiramente, Afrodite pegou em mãos cheias de grãos e feijões e sementes de papoulas e misturou tudo. Depois atirou a mistura para o chão e mandou Psique separá-los até cair a noite. Se falasse seria chicoteada. Psique começou por fazer um pequeno monte de grãos de milho, mas passados alguns minutos constatou que seria impossível separar todas as sementes até ao anoitecer. Começou a chorar, mas, em seguida, reparou numa formiga correndo tão depressa quanto podia pela terra chamando todas as outras formidas dentro do palácio:
- A noiva de Eros está aqui e precisa de ajuda.
Imediatamente todas as formigas do palácio da deusa correram para as sementes e começaram a transportá-las fazendo pilhas separadas. Ao anoitecer, a tarefa estava concluída.
- Tu deves ter tido alguma ajuda, tu criatua astuta. Reclamou a deusa – Mas não penses que consegues escapar à minha ira tão facilmente. Amanhã quero que vás para os campos onde pastam os carneiros de ouro e que apanhes uma mão cheia de lâ dourada.
Essa tarefa pareceu ser fácil, mas de manhã, quando Psique se dirigia para o campo pôde ver que todos tinham enormes chifres aguçados. Ela tinha de atravessar um pequeno ribeiro para chegar ao rebanho e, quando parou aí hesitante, uma cana do riacho disse-lhe:
- Psique, se atravessares agora as águas, morrerás. Os carneiros vão usar os chifres contra ti e, se isso não te matar, há ainda os dentes deles que são venenosos. Mas estes carneiros são só perigosos durante o dia, quando o seu tosão dourado fica muito quente com o Sol e os enraivece. Espera até que seja noite, altura em que estarão calmos e pacíficos. Nessa altura poderás andar entre eles em segurança e apanhar a lã que está agarrada a espinhos e silvas.
Nessa noite, Afrodite ficou ainda mais furiosa com Psique.
- Seguramente algum deus malévolo tem andado a ajudar-te. - Resmungou ela, e Psique recordou como Siringe, a amada de Pã tinha sido tranformada numa cana. Talvez tenha sido um grande deus Pã que a tenha ajudado, disfarçado de cana. Afrodite não tardou a encontrar outra punição para Psique.
- Na nova tarefa vai ser mais difícil encontrares quem te ajude, pois até os deuses têm receio do rio da morte. Tu tens de ir ao Rio Estige e de me trazeres água da sua nascentes, no cimo das monstanhas, de onde ela cai da escarpa antes de penetrar no mundo dos mortos. Quero que me traga água do meio do rio, não das margens.
Psique compreendeu muito bem que a intenção da deusa era matá-la quando chegou à escarpa e à queda de água e viu que havia dragões a guardar ambas as margens do rio, voltou a pensar em matar-se, mas a águia de Zeus reparou na chegada dela e quando Psique preparava-se para correr para os dragões, voou na sua direção para a ajudar. Ele recordou a ocasião em que Eros o tinha ajudado, quando Zeus tinha ordenado para ele raptar o belo rapaz Ganimedes e levá-lo para o Olimpo para ser copeiro dos deuses. A enorme águia deitou a jarra da mão de Psique e levou-a para o meio do rio tendo-a trazido em seguida cheia de água escura.


Descida ao Mundo dos Mortos



Afrodite continuava furiosa. Por certo todos os deuses estavam a conspirar contra ela, mas ela pensou numa tarefa que iria conduzir Psique à morte, fosse quem fosse que a ajudasse. A regra do mundo dos mortos, fosse para os gregos como para os povos da Mesopotâmia, era que todos os vivos podia lá ir mas não poderiam voltar. Afrodite ordenou a Psique que descesse ao mundo dos mortos para visitar a sua rainha Perséfone (Prosérpina) e lhe dissesse para dar alguma da sua beleza a Afrodite.
Mais uma vez Psique pensou em pôr termo à vida, pois essa seria a forma mais rápida de descer ao mundo dos mortos; ela não conseguia ver nenhuma possibilidade de lá ir e voltar viva. Começou a subir os degraus de uma alta torre, de onde saltaria para a morte, quando começou a ouvir a torre a falar com ela:
- Psique, não desesperes. Tu podes ir viva ao mundo dos mortos e regressar viva, desde que faça o que te digo. Tens de levar dois bolos de cevada e duas moedas, visto que Caronte, o barqueiro do Rio Estige, não atravessa ninguém sem pagamento, e também o cão das três cabeças, Cérbero, que faria em bocados quem tentasse passar sem lhe dar de comer. Tens de ignorar todos os que te pedirem ajuda. Só podes comer pão e beber água, e mesmo que te ofereçam um trono para te sentares, tens de sentar no chão. Se fizeres todas essas coisas, Perséfone entregar-te-á uma caixa de beleza e tu poderás regressar ao mundo dos vivos, dando ao Cérbero o segundo bolo de cevada e dando a Caronte a segunda moeda. Lembra-te que não pode abrir a caixa, pois não é sensato descobrir o segredo do mundo dos mortos.
Psique correu estrada abaixo a caminho do mundo dos mortos e não tardou a encontrar Caronte com o seu barco. No caminho, um homem esforçava-se por carregar um burro de madeira e pediu a Psique que o ajudasse a atar a carga em segurança, mas ela lembrou-se da recomendação da torre e afastou-se dele. Enquanto Caronte remava para que ela atravessasse o Estige, Psique viu um velho afogar-se e ouviu ele a chamá-la, mas deixou-se ficar sentada no barco e não o ajudou. Ela continuava a avançar e Afrodite a mandar mais e mais vítimas para tentarem Psique, mas mesmo quando Psique viu crianças a morrer, recordou que tinha que ignorar. Eram apenas fantasmas enviados pela deusa para fazerem com que Psique deixasse cair os bolos de cevada que tinha na mão. Por fim, ela viu Cérbero de pé na rua, rosnando-lhe com cada uma das suas três bocas e ela atirou-lhe um dos bolos. Agora ela estava perto do palácio de Perséfone e de Hades e a deusa estava à espera para lhe entregar a caixa da beleza.
Mas ainda havia mais um teste. A torre tinha-a avisado para não abrir a caixa, mas quando ela já regressava ao mundo dos vivos, dando o segundo bolo de cevada a Cérbero e a Caronte a segunda moeda, ela pôs-se a imaginar-se de novo com Eros, e desejou tirar um pouco da beleza de Perséfone para si própria. Abriu a caixa e descobriu que estava vazia, à exceção do ar do mundo dos mortos. Quando ela inspirou profundamento, caiu no chão, prestes a morrer.
Eros lançou-se em vôo e soprou para afastar o ar letal. O ombro ferido estava curado e ele estava pronto a desafiar a mãe e garantir que Psique se tornasse deusa e o filho, ainda por nascer, seria um deus. Levou Psique para o Olimpo onde Zeus lhe deu ambrósia, a comida dos deuses que tornava imortais as pessoas que a comessem. Tal como o marido, Psique tinha agora asas, mas as delas eram como as das borboletas e não como penas como as de Eros. Tal como uma lagarta deixa sua vida terrestre e familiares e emerge mais tarde como uma borboleta que se desloca nos ares, também Psique deixou a sua vida como princesa entre os seres humanos e tornou-se uma deusa do Olimpo.

Fonte: http://flaviasilva.wordpress.com/2008/10/20/mito-de-eros-e-psique/ em 22/05/09

quarta-feira, 13 de maio de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

III Feira Regional do Colégio Modelo

Dia 30/05/09 será o grande dia da exposição da 3ª edição da Feira Regional, com stands e apresentações de todos o muncipios do Território de Identidade de Irecê.
Vamos fazer bonito!!!

domingo, 29 de março de 2009

Exibição do filme A guerra do fogo















A exibição do filme A guerra do fogo, dia 28/03/09, conforme planejado foi um sucesso!

A presença dos alunos lotou o auditório do CMLEM.

Considero que aconteceu tudo de acordo com o combinado com as turmas de 1º série do Ensino Médio.

Agora, ter ânimo para responder ao roteiro, na própria net, para o qual é necessário seguir alguns critérios:
  1. Lembrar que a escrita não deve ser como a do MSN, mas utilizar o padrão da língua portuguesa, pois seu texto será lido por muitas outras pessoas;
  2. As repostas são pessoais e individuais - em filosofia não existem repostas idênticas;

Boa sorte e sucesso nas produções.

Saudações filosóficas!!!


Hora de assinar a lista: uma pressa!!
A exibição do filme.


quinta-feira, 26 de março de 2009

Atividade filosófica avaliativa

A razão, significa entre muitas coisas, um esforço, uma capacidade, uma habilidade, conquistada ou simplesmente recebida da natureza, para assimilar, refletir e explicar os eventos naturais externos e internos a cada um em particular, e a todos de maneira geral. Tanto na história mítica, A caixa de Pandora quanto no filme A guerra do fogo, o elemento fogo é tomado como conhecimento, mais do que isso, um conhecimento nascente, um despertar para a verdadeira natureza do ser humano – a razão.
Como você percebe a relação entre o mito e o filme, considerando o fogo como metáfora do próprio conhecimento racional? Adote um ponto de vista sobre essa questão e defenda-o com argumentos dissertando um texto de uma a duas laudas.
Observação:
No texto, não esquecer-se de atribuir um título; estruturá-lo com início, desenvolvimento e conclusão.
O texto deverá ser realizado em dupla nas aulas do componente curricular Filosofia, dos dias 30 e 31/03;
Terá uma folha de freqüência em que todos os presentes deverão assinar;Será atribuída uma nota para a produção.


Boas produções!!

Saudações filosóficas!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Cinema na escola: A guerra do fogo

Neste sábado, dia 28/03/09, a partir das 08:00 h, tem cinema para as turmas de 1ª do Ensino Médio (matutino) do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Irecê - Bahia.

Sobre o filme:


Descrição: A Guerra do Fogo conta a saga de uma tribo e seu líder, Naoh, que tenta recuperar o precioso fogo recém-descoberto e já roubado. Através dos pântanos e da neve, Naoh encontra três outras tribos, cada uma em um estágio diferente de evolução, caminhando para a atual civilização em que vivemos. Os sons e a linguagem embrionária do filme são criações do escritor Anthony Burgess, o mesmo de Laranja Mecânica. Mistura de ficção científica e aventura, o filme é uma perfeita reconstituição da pré-história, tendo como eixo a descoberta do fogo. Fantástico e visionário, o filme é uma aula de história e cinema.


Ficha técnica:

Título no Brasil: A Guerra do Fogo
Título Original: La Guerre du feu / Quest for Fire / The War of Fire
País de Origem: EUA / França / Canadá
Gênero: Aventura / Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento: 1981
Site Oficial: Estúdio/Distrib.:
Direção:
Jean-Jacques Annaud





Roteiro para reflexão:


Com que intenção os personagens queriam manter o fogo?

Como era a alimentação e a habitação destes homens?


Que tipo de atividades econômicas aparecem no filme?

Aparece alguma espécie de arte no filme, se aparece, qual ou quais?


Que personagem passa de um estado de relações de dominância a um estado de relações emocionais descobrindo o amor?

Descreve um momento que indique que os personagens se apaixonaram.

Lançado em 1981, numa produção Franco-Canadiana, La Guerre du feu é uma longa metragem que trata de levantar hipóteses sobre a origem da linguagem através da busca de três homo sapiens para conseguirem uma nova fonte de fogo perdida pela sua tribo; o fogo é um elemento divino e tenebroso para eles. O delírio sobre como esses três guerreiros se relacionariam/comunicariam, encontrariam, disputariam e fariam interações subjectivas é a base do roteiro assinado por Anthony Burguess, foneticista e consagrado autor do livro Laranja Mecânica. Burguess faz crível as adaptações e linguagens usadas por aqueles hominídeos além de tornar compreensível toda uma história recheada de sons.


Vejam estas resenhas sobre o fime:
http://www.recantodasletras.net/resenhasdefilmes/966158

http://www.comciencia.br/resenhas/guerradofogo.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070212114252AAOUgff

A caixa de Pandora

Olá, queridos alunos e alunas, na aula de hoje, dia 23/03/09, sobre O nascimento da filosofia, falamos dos mitos A caixa de Pandora e de Adão e Eva. Uma das versões do primeiro mito está descrito abaixo, leiam com atenção e teçam comentários em relação à: De que maneira você tenta encontrar explicações aos eventos à sua volta? você os explica por meio da vontade das forças divinas ou por outras maneiras? Argumente a favor de suas resposta.


O MITO GREGO SOBRE A ORIGEM DO MAL: A CAIXA DE PANDORA

Sempre causou perplexidade aos filósofos e teólogos a existência do mal no mundo. Afinal se Deus é bom, justo, infalível e poderoso, como o mal pode surgir em sua obra e por que o mal parece ser tão difícil de ser suprimi
do? Essa indagação gerou os mais diversos mitos explicativos nas antigas tradições, como a saga de Seth e Osíris, no Egito, Ormuz e Ariman, na Pérsia, Adão, Eva e a serpente, entre os hebreus e o mito de Pandora entre os gregos. Embora sejamos herdeiros da tradição judaico-cristã e o mito de Adão e Eva tenha sido consagrado como verdade literal e absoluta pelos teólogos fundamentalistas judeus e cristãos, precisamos reconhecer a beleza e a profundidade do mito grego de Pandora, que é mais engenhoso e rico em nuances psicológicas. A estória começa com Prometeu , um dos titãs, escalando o Olimpo e roubando o fogo dos deuses para oferecer aos homens (o fogo do conhecimento?). Zeus, o rei dos deuses, furioso com tamanha ousadia, prendeu-o e o amarrou em um rochedo, onde um abutre vinha todos os dias comer-lhe o fígado, que se regenerava durante a noite, para ser comido novamente pelo abutre no dia seguinte. Esse mito sugere o sofrimento causado pela insaciedade do homem e, em outro nível, significa o longo e penoso ciclo de morte e renascimento, que os budistas denominam roda do Sansara. Zeus, porém, não satisfeito com a vingança desfechada contra o ladrão, resolveu vingar-se também de todos os homens beneficiários do fogo roubado por Prometeu. Então ordenou que Hefesto, o Deus-ferreiro do mundo subterrâneo, fizesse a mulher. Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus antes de ela descer à superfície da Terra. Zeus, admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes lhe deu uma grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave, dizendo-lhe: “Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a caixa só pode ser aberta após seu casamento”. Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e logo se casaram. A princípio, Pandora estava muito feliz com seu casamento e passava os dias cuidando da casa e do lindo jardim, tendo se esquecido da caixa. Porém Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe de casa. Pandora sentia-se só e triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava guardada examiná-la curiosamente. Enquanto observava os lindos detalhes e adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes gritando lá de dentro e dizendo: “Deixe-nos sair!..Deixe-nos sair...”. Pandora não podia esperar mais. Foi correndo buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa. Para sua grande surpresa centenas de pequeninas e monstruosas criaturas, parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um zumbido assustador. Muitas dessas horríveis criaturas a picaram na face e nas mãos e saíram em enxame pela janela, fazendo um barulho infernal. Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento. Apavorada, Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa. As picadas dos insetos doíam muito, mas algo mais a estava preocupando: Ela estava tendo toda a espécie de sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter aberto a caixa. Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada. Percebeu que estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra vozinha gritando de dentro da caixa: “Liberte-me! Deixe-me sair daqui!”. Pandora respondeu rispidamente: “Nunca! Você não sairá ! Já fiz tolice demais em abrir essa caixa!” Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: “Deixe-me sair, Pandora! Só eu posso ajudá-la!” Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e desesperada, que resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com asinhas verdes e luminosas que clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a atmosfera que se tornara pesada e opressiva. “Eu sou a Esperança”, disse a fada. E prosseguiu: “Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido. Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses!” Chorando copiosamente, Pandora disse: “Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos esses males e prendê-los novamente na caixa?” “Você nunca poderá fazer isso Pandora!” Respondeu tristemente a fada da Esperança. “Eles já estão todos espalhados pelo mundo e não podem mais ser presos!” “Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo amanhã !” Em um ponto, o mito de Pandora é essencialmente diferente do mito de Adão e Eva. O mal que se propagou no mundo também faz parte de uma decisão de Zeus e não da intervenção de um adversário externo, como Satã, que tem planos e desígnios contrários ao Deus Supremo. Embora no constructo mitológico o surgimento dos males esteja descrito como uma “vingança de Zeus” está claro que foi uma Conseqüência de os homens se terem apropriado de um elemento divino – a autoconsciência e o conhecimento do bem e do mal, simbolizados pelo fogo dos deuses, mas ainda não estarem maduros para lidar com esse poderoso elemento, até então de posse exclusiva dos deuses. Os homens adquiriram uma faculdade de conhecimento até então exclusiva dos deuses e se tornaram potencialmente divinos, mas ainda eram primários e animalizados (nos mitos, este estágio da humanidade é representado pelos titãs ou pelos homens da Atlântida) para saberem lidar com essa força divina que agora existia em sua alma. Analogamente, podemos citar o fato de que os chimpanzés aprenderam a técnica de usar pedras para quebrar nozes, mas imaginem quantos males aconteceriam na floresta se eles aprendessem a fabricar dinamite. O homem físico não passa de um chimpanzé ligeiramente aperfeiçoado, dotado de uma centelha de consciência que pertence à ordem divina do Universo. Essa coexistência entre nossa natureza animal e nossa natureza divina é a causa de todos os males, pois o conflito é inevitável enquanto a natureza divina ainda não “domou” e “domesticou” totalmente a natureza animal. No mito de Adão e Eva, parece que existe uma possibilidade de se evitar o pecado e a queda, enquanto no mito grego essa inevitabilidade é evidente: Uma vez que Prometeu roubou o fogo dos deuses, as conseqüências viriam inevitavelmente: Zeus sabia que Pandora abriria a caixa, enquanto no mito hebreu parece que Deus não sabia se Adão obedeceria ou não à proibição divina de comer o fruto proibido. Ao compararmos a versões mitológicas análogas da cultura hebraica e da grega, não queremos valorizar uma e desvalorizar a outra, mas sim destacar o fato de que as tradições refletem o contexto cultural e religioso dos povos a que se destinam. A cultura hebraica jamais poderia supor que Deus pudesse também dar origem ao mal, visto que seria inadmissível que um Deus Bom e Justo pudesse originar o mal. A cultura grega jamais poderia admitir que o Deus Supremo pudesse ter um adversário e opositor, visto que um Deus Sábio e Poderoso não poderia ter sua obra obstruída por algum adversário. Sempre que aplicamos atributos e qualificações à Divindade, essas distorções são produzidas, porque as atribuições são qualificações antropomórficas feitas pelos próprios homens , que criam uma imagem de Deus, como uma imagem sublimada de si próprios, projetando nela as imagens e ideais mais valorizados pelas diversas sociedades humanas.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Links filosofais

Aqui disponibilizo alguns endereços de site que discutem a Filosofia.

Aproveite e excelente filosofar.

http://www.brasilescola.com/filosofia/


Filósofos - Os grandes pensadores que criaram a tradição filosófica ocidental.
História da FilosofiaA história da filosofia - dois mil e quinhentos anos de existência muitos movimentos revolucionários ocidentais ganham mais sentido e coerência quando analisados em paralelo com a evolução do pensamento filosófico.
Filosofia ClássicaA filosofia clássica é geneticamente importante para o próprio espírito do ocidente. Também na Web está foi responsável pelos mais antigos esforços digitais em filosofia. Alguns dos sites aqui listados se aproximam de uma década de existência e foram modelo de inspiração para dezenas de outros posteriores. Confira.
Filosofia MedievalSites de filosofia medieval são raros, mas preciosos. Há um verdadeiro universo de informação disponível nestes sites. Nenhum outro período de nossa história concedeu a filosofia um papel de tanto destaque na sociedade. Contudo o período é pouco conhecido, mesmo pelos estudantes de filosofia. Boa pesquisa.
Filosofia ModernaA filosofia moderna representa para muitos o começo de uma autentica busca pelo saber. Crítica por natureza, esta nova etapa da epopéia espiritual do ocidente é central para sua compreensão. Os séculos XVII e XVIII apresentam os mais importantes pensadores modernos. Na Web existe muito material sobre o tema e estaremos lentamente acrescentando mais sites.
Filosofia ContemporâneaEste período é talvez o mais complexo de ser entendido. Nele, como em nenhum outro, encontramos mais concepções diversas de filosofia que propriamente disputas temáticas. Neste terreno pedregoso encontramos as mais diferentes correntes espirituais e científicas em filosofia. Devemos igualmente á filosofia contemporânea o nascimento de várias subdisciplinas filosóficas, como as filosofias da linguagem e da religião. Aqui listamos alguns sites representativos e incluiremos muitos outros adiante. Boa sorte.
LógicaA lógica é considerada por muitos uma disciplina propedêutica em filosofia. A lógica esta para a filosofia como a anatomia para a medicina. Nenhum texto filosófico que despreze a estrutura lógica inerente a argumentação é digno de crédito. Esta ciência dos juízos é hoje, como no passado, companheira fiel de toda boa filosofia. Confira.
ÉticaToda ética é filosófica. Para um grandes filósofos, como Platão, a ética é o fim último de toda a filosofia - seu motor e sua razão de ser. Integrados a ética todas os demais ramos da filosofia fazem sentido. Nestes sites você encontrará motivos para crer no que digo. Discutida sob a ótica filosófica ou pragmática, a ética é analisada sob os mais diversos ângulos e posturas.
EstéticaA natureza daquilo que chamamos gosto, aqui se discute. O belo é subjetivo ou objetivo? Existe um critério de beleza universal ou fatores de natureza cultural determinam sua heterogeneidade? Até que ponto podemos compartilhar o prazer estético? Estas e várias outras perguntas excitam a atenção de especialistas e amadores na Web. Acesse.
Epistemologia A epistemologia foi aqui tomada como sinônima de teoria do conhecimento. Todos os sites revelam aspectos deste mesmo problema, emblemático do pensamento moderno - O que podemos saber?
Filosofia PolíticaComo uma extensão da ética, a filosofia política investiga o sentido da vida social e das relações de poder. Aristocracia ou democracia? Individualismo ou comunitarismo? Várias são as perguntas que a política nos faz. Para responde-las devemos descortinar uma coerente visão do mundo. Muitos artigos e teses estão disponíveis nos sites.
Filosofia da ReligiãoA religião é reflexo de um estado evolutivo primitivo da cultura ou é inerente ao homem enquanto criatura? A filosofia da religião analisa as implicações éticas, políticas, gnosiológicas e teológicas da existência de Deus. Há muitas questões a serem respondidas e muitas outras a serem elaboradas no interior desta nova disciplina filosófica. Confiram.
Filosofia da HistóriaA história segue regras fixas ou nossos destinos estão marcados pela fria mão do acaso? Os rumos da cultura ocidental estão marcados por um movimento cíclico ou progressivo? Quais são as forças determinantes do processo histórico? Determinismo versos livre arbítrio - é possível compatibilizá-los? A filosofia da história ocupa um lugar de destaque no pensamento moderno. Compreender suas problemáticas e encontrar suas respostas é obrigação de uma filosofia contemporânea honesta.
Revistas e JornaisRevista e periódicos dos mais variados temas e vertentes filosóficas. Em um verdadeiro universo de sites existentes na Web, selecionamos aqueles que oferecem cultura filosófica acadêmica formatada para o ambiente virtual. Muitos são resultados de um esforço duplo em filosofia e web design. Alguns dos melhores sites de filosofia na Web se encontram listados aqui.
ReferênciasSites de referência para qualquer internáuta, amante da filosofia. Bancos de livros digitais, bancos de teses e artigos, dicionários enciclopédicos e conceituais e bases de dados das mais variadas. Ferramentas úteis para amadores e estudiosos.
DiretóriosIndicam ampla fonte de pesquisa para mentes desejosas de informação e conhecimento. Longas listas de links. Boa pesquisa!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Philospensando

Philospensando é um blog educacional que tem como principal objetivo a reflexão filosófica, pois como afirma Kant, não se ensina Filosofia, ensina-se a filosofar, ou ainda como afirma outros o que podemos fazer é um convite ao filosofar, pois esta atividade é subjetiva e depende das motivações internas de cada um.

O blog Philospensando faz parte da metodologia utilizada no trabalho com Filosofia nas turmas de 1ª série do Ensino Médio: 1M1, 1M2, 1M3, 1M4 e 1M5 do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães.

Cada aluno ou grupo de até 04 (quatro) alunos deverá criar um blog para postagem das produções textuais realizadas na aulas de Filosofia.

Ranciere, em O mestre ignorante declara que:

Quem busca sempre encontra. Não encontra necessariamente o que busca,
menos ainda o que é necessário encontrar.
Mas encontra algo novo para relacionar à coisa que já conhece.
Mestre é aquele que mantem àquele que busca em seu rumo,
este rumo em que cada um está só em sua busca
e no qual não deixa de buscar.

Nessa perspectiva mais do que pretender ensinar filosofia, lança-se um convite ao filosofar.

Sejam tod@s bem vindos ao Philospensando e mãos à obra, ou melhor, pensamento em ação.
Saudações filosóficas!!!